sexta-feira, 25 de julho de 2014

Os Cães de Pavlov versus os tanques Panzers


Tendo em vista as tão revolucionárias pesquisas, com cães, de Reflexo Condicionado feitas pelo cientista russo Ivan Pavlov, no calor do momento, em especial durante os esforços colossais para a defesa russa de Stalingrado, em 1941, aparecem em cena técnicas para seabater veículos blindados nada comuns.

Visto que Pavlov estudava o comportamento dos cães, suas reações em diferentes situações e no laboratório, a domesticação do mesmo para diferentes fins foi muito pensada pelo Exército Vermelho, que estava sob extrema pressão na ofensiva alemã em Stalingrado. Mas só a domesticação não daria conta de ajudar contra os alemães, pois não eram somente soldados, eram, também, os tanques (Panzers, em maioria) que avançavam sobre o território russo.
Ivan Pavlov e um cão sendo testado em um laboratório com os devidos equipamentos.

Esquema mostrando como funcionava a alavanca ativadora dos explosivos

Então, associado ao adestramento, tem-se o desenvolvimento de um mecanismo de ativação de explosivos. O processo se dava por treinar cães famintos para buscar carne em veículos sobre esteiras (tanques)O ponto é que esses cães tinham, alocadas em suas costas, alavancas de ativação dos explosivos, para que quando eles entrassem debaixo do tanque em busca de carne, a alavanca ativasse a carga de explosivos e neutralizasse o tanque.


Cão indo em direção a um tanque T-34 (russo), provavelmente em um treino para avaliar a efetividade do experimento ou em um treinamento, com o cão carregando a alavanca sem explosivos.
Um pequeno desvio foi observado pelo fato de que os tanques russos (os T-34, em maioria) utilizavam diesel como combustível, diferente dos panzers alemães, que utilizavam gasolina. Essa diferença de odor, por vezes, causou confusão nos cães, visto que além do cheiro ser diferente na entrada do tanque (tendo em vista o faro apurado dos cães), era diferente também no escapamento.

Mas a busca por carne nos tanques seguia uniforme, os cães corriam para debaixo do tanque em busca de alimento e, ao entrarem entre as esteiras, a alavanca dobrava e explodia tanto o cão quanto o blindado (as cargas de explosivos eram altas, para dar conta de tanques com blindagens fortes).
Por fim, temos um outro agente na defesa da Invasão de Stalingrado que não falava russo, não usava rifles e sequer tinha instrução ou era calibrado, simplesmente era adestrado, teve um mecanismo acoplado a si e agia simplesmente pelo instinto. Essa ação não rendeu tantas vitórias sobre tanques alemães quanto se esperava, tal como desperta repulsa pelas pessoas que gostam de cães, que, hoje, são recomendados como companhias para efeito terapêutico e até servem de guia para deficientes.
Soldados russos com seus "cães anti-tanques"
FONTE: http://www.historiailustrada.com.br/